O setor brasileiro de TI deve crescer mais de 20% em 2020, segundo resultado de pesquisa realizada pela Advance Consulting, empresa de consultoria e treinamento em negócios para as áreas de gestão, marketing e vendas.
O levantamento foi feito com 4,5 mil empresas de TI no Brasil ao longo de 2019. Uma das grandes tendências apontadas, foi o crescimento da Economia da Associação.
Também chamada de economia da assinatura ou recorrência, ou também de membership, em inglês, a tendência de economia da associação, se configura, basicamente, quando uma empresa deixa de vender o seu produto para oferecer assinatura pelo uso do mesmo.
Uma tendência bastante lógica em termos práticos por parte do ofertante, uma vez que diminui custos de produção e ainda pressupõe que pagamentos recorrentes gerem uma receita previsível que faz com que os negócios escalem mais rapidamente.
Com isso, a experiência do consumidor ao utilizar um serviço passa a ser não somente uma preocupação, mas uma necessidade para que o player fornecedor se mantenha ativo e competitivo.
Traduzindo de forma bastante simplista, a questão da economia de assinatura baseia-se na ideia de que: se antes o consumidor pagava para adquirir um produto, hoje, ele prefere pagar para ter acesso a um serviço.
É uma tendência mundial. De acordo com a consultoria MCKinsey, o mercado de comércio eletrônico por assinatura tem crescido mais de 100% ao ano nos Estados Unidos nos últimos anos. Em entrevista à revista Exame, edição de agosto de 2019, Tracy Francis, sócia sênior da consultoria, afirmou que o consumo por assinatura subiu de 57 milhões de dólares, em 2011, para 2,5 bilhões, em 2016.
No Brasil, o estudo da Abcomm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) identificou um crescimento de 167% no número de clubes de assinatura em quatro anos: de 300, em 2014, esse tipo de negócio subiu para mais de 800, em 2018, com faturamento somado de R$ 1 bilhão.
Para aplicar esta tendência, a opção mais simples é “terceirizar” e contratar empresas especialistas em fornecer tecnologia para economia da associação.
Estudos, pesquisas e estudiosos já conseguiram nos provar que a economia de associação é uma tendência não só lógica, mas óbvia para o ano de 2020. Mas e a prática, como fica?
Qualquer pessoa com experiência em gerenciamento ou empreendedorismo sabe que há um abismo entre teorizar e agir. Por exemplo, no meio do caos do dia-a-dia, pressões e metas a serem cumpridas, como mudar a cultura de priorização de gestores a fim de implementar mensalidades e a economia da associação?